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Aumento das tensões sino-americanas provocam diferentes reações nas empresas chinesas

Lantau


Não fosse a crise do COVID-19 as eleições americanas teriam um “tom” bem diferente. O atual presidente americano, Donald Trump, apostava no desempenho econômico do país como base de seu discurso para tentar a reeleição. Uma vez que a pandemia inverteu totalmente o cenário econômico americano, fazendo o desemprego saltar de 4% para 13%, hoje o presidente precisa de outro argumento. E parece que na cabeça dele, culpar a China é uma boa estratégia a ser adotada.


Esse novo raciocínio por parte do presidente provoca diferentes reações por partes das empresas chinesas, principalmente aquelas de capital aberto (em território americano) e as que buscam o IPO (Oferta Pública Inicial). Afinal não precisa de muito para elevar a temperatura entre as duas principais economias mundiais, e isso se traduz em uma maior volatilidade dos mercados, o que não é necessariamente benéfico para as empresas nessas condições. Ainda mais quando casos como o da Luckin Coffee, que reportou números duvidosos em seus últimos balanço, estão “frescos” na memória dos investidores. Casos como esse fazem com que o cerco às empresas chinesas se feche ainda mais. Isso preocupa algumas empresas e atraia outras.


A NetEase, empresa de tecnologia chinesa do setor de jogos está com a sua segunda listagem já programada para o dia 11 deste mês, na bolsa de Hong Kong. Listada na Nasdaq desde 2000, a empresa julgou que o cerco botava em risco a sua operação. Isso evidencia que, o novo posicionamento americano preocupa até as “veteranas” chinesas na bolsa de tecnologia americana. Já a DADA, plataforma de delivery para mercearias e supermercados, aproveitou o momento para realizar o seu IPO na bolsa americana apesar do aumento de tensão. A empresa que tem como investidor a Walmart, por meio do seu fundador disse que a atual tensão é algo temporário não impactando o mercado no longo prazo. E que o aumento da vigilância é saudável para o mercado, empresas e investidores.


A relação entre China e Estados Unidos é realmente singular, e não poderia ser diferente afinal uma precisa da outra para crescer. Mesmo com a diferença de filosofia, as duas maiores potências econômicas vão continuar com essa relação de amor e ódio por muito mais tempo. E momentos de maior tensão, como o que vivemos hoje, podem amplificar isso. Mas é pouco provável que rupturas mais profundas sejam observadas no curto prazo.



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