Na China, mais de 72 mil das 81 mil pessoas contagiadas pelo novo coronavírus já se recuperaram da infeção. Com o país na iminência de ultrapassar o surto que se espalhou pelo mundo, resta saber em que estado vai ficar a economia chinesa.
Segundo Xi Jinping, as grandes províncias industriais como Guangdong, Jiangsu, Zhejiang, Shandong e Fujian estão retomando a produção e três quartos das pequenas e médias empresas da China também retomaram na última segunda-feira dia 30/03 suas atividades após dois meses de paralisação quase nacional de fábricas, empresas e varejistas em razão da pandemia da COVID19.
O Vice-ministro de Indústria e Tecnologia da Informação, Xin Guobin disse que 98,6% das principais empresas industriais da China retomaram as operações, com quase 90% dos funcionários de volta ao trabalho. Todavia, ainda são necessários certos cuidados uma vez que, capital de Hubei, Wuhan, se prepara para permitir que as pessoas deixem a cidade em 08/04. A crise pandêmica nesse país parece, assim, estar finalmente dando sinais de trégua, sem perder controle da situação, possibilitando Pequim a focar-se na recuperação econômica e na ajuda aos demais países agora afetados.
Trabalhadores de uma fabrica em Wuham
As fábricas voltadas para a exportação, no entanto, foram gravemente afetadas pela queda na demanda interna e global. De acordo com Xi Jinping, se os problemas não forem resolvidos de forma oportuna e eficaz, essas empresas poderão ter dificuldades para sobreviver.
As prioridades do Governo chinês
A produção industrial na China, fundamental para manter o elevado nível de exportações, caiu em 13,5 % devido à pandemia. As vendas no mercado interno caíram 20,5%. Estes foram os piores números já registrados no país asiático.
Estes impactos se fazem sentir em outras dimensões como na taxa de desemprego que passou de 5,2 para 6,2%, o que se traduz em cerca de cinco milhões de pessoas que perderam seus empregos. Estes números fizeram o Governo chinês alterar a sua lista de prioridades. Antes do surto, a China tinha-se proposto a acabar com a pobreza extrema no país e a duplicar a dimensão da sua economia em relação a 2010.
Na semana passada, porém, o jornal chinês China Daily, controlado pelo Partido Comunista, publicou um artigo no qual reafirma o compromisso de erradicar a pobreza extrema, mas que adiava para 2021 o objetivo de duplicar a economia em relação a 2010. “Não é de grande importância que o crescimento econômico seja um pouco mais alto ou um pouco mais baixo desde que o mercado de trabalho permaneça estável”, sublinhou o primeiro-ministro Li Keqiang, levando a crer que a redução do desemprego é outra das grandes prioridades, uma vez que está inevitavelmente ligada ao Produto Interno Bruto.
As previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2020 apontam para um retrocesso histórico. O resultado poderá ser, pela primeira vez em quase meio século, negativo.
Enquanto o governo central foca suas atenções nas medidas econômicas a vida nas cidades mais atingidas vai retomando dentro do possível seu curso normal. Segundo a mídia estatal chinesa, os shoppings centers da cidade de Wuham, reabriram no final do mês de março.
A Comissão Nacional de Saúde da China relatou 31 novos casos de corona vírus no dia 30/03, quase todos envolvendo pessoas que retornaram recentemente do exterior. Com isso, o total acumulado de casos no país asiático chega a 81.470. Fonte: Dow Jones Newswires.
É importante ressaltar que os casos assintomáticos e os casos importados estão crescendo, neste último sábado foram registrados 78 novos infectados, 31 a mais do que no sábado passado dia 29/03. Porém, pela primeira vez desde o início da pandemia no dia 07/04 não foram registradas nenhuma morte. Uma boa notícia.
Todavia, ainda são necessários certos cuidados uma vez que, capital de Hubei, Wuhan, se prepara para permitir que as pessoas deixem a cidade em 08/04.A crise pandêmica nesse país parece, assim, estar finalmente dando sinais de trégua, sem perder controle da situação, passando Pequim a poder focar-se na recuperação econômica e na ajuda aos demais países agora afetados.
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