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China aposta na integração da cadeia de suprimentos e incentivos para garantir investimentos.



A China está se tornando cada vez mais atraente para o investimento estrangeiro. A nova lei de investimento estrangeiro e outros movimentos observados recentemente para facilitar a entrada de empresas estrangeiras no país corroboram com essa missão. Contudo, a migração de capital para aquele país sofreu muito durante o pico da pandemia, quando estava restrito às fronteiras chinesas.


Seria ingênuo de nossa parte esperar uma postura passiva da China, afinal desde a ascensão de Xi Jingping como chefe de governo, o protagonismo e as iniciativas do lado chinês estão cada vez mais evidentes. Existe uma expectativa da comunidade internacional que aguarda medidas de curto prazo sejam anunciadas, não apenas para as pequenas e médias empresas, mas também para as empresas estrangeiras que tenham como plano de expansão o gigante asiático. Afinal, com muitas empresas preocupadas em conseguir fechar as contas, os incentivos governamentais seriam uma maneira de fazer com o fluxo de capital internacional continuassem a fluir para o país.


Além da iniciativa pública com leis e incentivos, a grande aposta da China está na alta integração da cadeia de suprimentos e força dos polos industriais espalhados pelo país. Afinal, de nada adianta ter uma empresa sem problemas fiscais mas isolada comercial e geograficamente. Além disso, a gradual qualificação da mão de obra faz com que a China seja cada vez mais atraente para o capital internacional. E, como já abordado em outros artigos, o foco chinês está cada vez mais concentrado na indústria de alta tecnologia e serviços com maior valor agregado. Essa crescente sofisticação do mercado chinês pode até soar estranho, pois comumente associamos a China com a produção em larga escala e de baixo valor agregado. Tal associação já não é mais a realidade chinesa.


É evidente que a crise do COVID-19, que teve sua origem na cidade de Wuhan, na província de Hubei no final de 2019 vai impactar a cadeia global. Pois durante os primeiros meses de 2020, as medidas de distanciamento social adotadas pelo governo chinês causaram vários impactos no mercado internacional, impactando diretamente em empresas de todo o globo que dependem da indústria chinesa. E em um cenário mais extremo podem inclusive mudar o centro de gravidade de várias indústrias para fora do território chinês. Apesar de Pequim acreditar que essa mudança não seria viável no curto e médio prazos dada a complexidade de alterar as cadeias de suprimentos. Obviamente em casos isolados isso pode acontecer de maneira mais rápida, e o espaço deixado por algumas empresas pode se transformar em oportunidade para tantas outras.


Como falamos no início desse artigo, é ingenuidade pensar que o governo chinês vai ficar apenas observando as grandes empresas deixarem seus territórios. É muito provável que no desenrolar de 2020 e também 2021, observamos uma postura mais ativa da China para manter o fluxo de dinheiro para dentro de suas fronteiras. Nesse sentido o último movimento do People’s Bank of China de levantar algumas restrições para investidores qualificados e institucionais visa garantir a entrada de capital no sistema financeiro chinês. Tudo isso nos leva a crer que a China seguirá sendo uma opção interessante para as empresas de todos os mercados, e que um bom relacionamento comercial com aquele país pode gerar excelentes retornos.




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